Publicado em 27/04/2020 às 07:24, Atualizado em 13/09/2024 às 19:40

Hipertensão: Cardiologista alerta para a importância da prevenção

Doença pode ser silenciosa e atinge cerca de 25% dos brasileiros em fase adulta

Unimed,
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Divulgação

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado no próximo domingo, 26 de abril, especialistas em saúde ressaltam a importância da prevenção, já que cerca de 25% da população adulta dos brasileiros sofre com a doença e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 51% das mortes por AVC e 45% por problemas cardíacos no mundo estão relacionadas à hipertensão.

O desenvolvimento da doença popularmente conhecida como “pressão alta”, está diretamente relacionado a hábitos de vida saudável ou à pré-disposição genética, e apesar ser mais comum em adultos e idosos, a doença também pode se manifestar em crianças e adolescentes.

Provavelmente esses números são muito altos porque a hipertensão é uma doença multifatorial, afirma a médica cardiologista da Unimed Campo Grande, Dra. Lúcia Helena Scholante Arejano. “Umas das primeiras causas é a genética e, somado a isso, as pessoas vivem em situação de estresse, aumento de peso, usam alguns medicamentos que podem alterar a pressão, como os descongestionantes nasais e anti-inflamatórios. Então esse número elevado se deve a muitos fatores da vida moderna, o que chamamos de multifatores”, explica.

A especialista pontua que é possível controlar a pressão arterial. “Para tentar controlar a pressão é preciso adotar hábitos de vida saudáveis, como reduzir o consumo de sódio (principal componente do sal), manter o controle do peso, ter uma alimentação mais equilibrada e praticar atividade física regularmente. Esses são os fatores modificáveis, os quais temos como controlar para evitar o desenvolvimento da doença”.

De acordo com a médica, como a hipertensão trata-se de uma doença silenciosa, é importante fazer o acompanhamento com aferição pelo menos duas vezes por ano. “As pessoas não podem esperar ter uma dor no peito, falta de ar ou uma dor de cabeça para pensar que pode ser a pressão alta. Até porque muitas vezes o indivíduo já está com a pressão alterada e não sente absolutamente nada, isso porque o organismo vai se adaptando a algumas mudanças para sobreviver a essa pressão mais alta”, alerta.

Em relação à chamada “herança genética”, Lúcia Helena ressalta que nem sempre os filhos herdarão a doença dos pais. “Filhos de hipertensos não serão, necessariamente hipertensos. Porém, sabemos que há um percentual que está sim ligado à genética, ou seja, essas pessoas têm a pré-disposição, mas é possível controlar através de hábitos mais saudáveis, como já citado anteriormente. Com isso, é possível retardar o surgimento da doença. Ao invés do indivíduo torna-se hipertenso aos 40 anos, por exemplo, é possível que isso ocorra a partir dos 50, 60 anos de idade. Mas quem tem familiares hipertensos precisa tomar cuidado maior e estar sempre atento aos sinais de alerta”, enfatiza.

A cardiologista finaliza ressaltando a importância da data. “A data é uma maneira de chamar a atenção da população sobre a importância do controle e da aferição da pressão pelo menos de uma a duas vezes ao ano, já que a doença muitas vezes é silenciosa, e a prevenção e o diagnóstico são fundamentais para controlar a pressão”.

Viver Bem – O programa Viver da Unimed Campo Grande oferece aos beneficiários cadastrados no programa um atendimento exclusivo para pacientes hipertensos.

Além de consultas com especialistas, são oferecidas diversas oficinas, como a Reeducação Alimentar, Cozinha Experimental, Agita Unimed com atividades físicas, Corpo e Mente e o Hiper Dia, tudo isso visando garantir mais saúde, bem-estar e qualidade de vida aos pacientes.