A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (19) que as evidências de que a microcefalia é causada pelo zika vírus ganham cada vez mais força. No entanto, demoraria entre 4 e 6 meses para que a ligação fosse comprovada, de acordo com a agência Reuters.
Segundo a organização, encontros que acontecerão entre os dias 7 e 9 de março devem promover debates sobre diagnósticos, tratamentos e vacina contra o zika vírus, igualmente como foi feito na época do surto de ebola. Um grupo de especialistas sobre o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença e também da dengue e chikungunya, também deve ser criado para daqui a três ou quatro semanas.
A OMS declarou situação de emergência na saúde pública internacional em 1º de fevereiro, na qual informou que as suspeitas de associação entre zika vírus e microcefalia eram claramente cada vez mais fortes.
No Brasil, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, 3.935 casos suspeitos da malformação estão sendo investigados. O balanço mostrou também que 508 ocorrências de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita, já foram confirmadas no País entre 22 de outubro de 2015 e 13 de fevereiro de 2016.
O zika também está associado ao aumento dos registros da Síndrome de Guillain-Barré, condição neurológica que provoca fraqueza muscular e pode gerar paralisia em alguns membros do corpo, podendo levar o paciente à morte.
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