A costureira Eduarda Giovana Kachimarsky, de 22 anos, morreu na quarta-feira (1) após ter uma compressa de gaze esquecida dentro de sua barriga durante uma cirurgia de cesárea em Nova Odessa, cidade a duas horas de distância da capital. A tia da vítima, Patrícia dos Santos, informou que a família vai processar os médicos do Hospital e Maternidade Dr. Acílio Carreon Garcia responsáveis pela operação.
Três dias após o nascimento da filha, Eduarda foi internada com queixas de dores no abdome. “Ela já saiu do parto reclamando de dor. No domingo, voltou a ser internada porque estava com muitas dores na barriga e vomitando. Questionamos os médicos e eles disseram que ela provavelmente estava sofrendo de depressão pós-parto, e que não era nada de anormal”, disse Patrícia ao jornal Extra.
Sem melhoras no quadro clínico, Eduarda chegou a ser transferida para o Hospital Estadual de Sumaré, onde a compressa foi localizada e retirada de sua barriga. No entanto, o material já havia causado uma infecção generalizada, provocando a morte da costureira.
”Mesmo sabendo que ela não vai voltar, vamos processar os médicos que a atenderam e o hospital. Nós queremos justiça. Precisamos garantir que outras pessoas não passem por uma situação dessas. Já estamos atrás de um advogado para cuidar da questão”, desabafou Patrícia.
Segundo a Delegacia de Polícia da Nova Odessa, nenhum boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado até o final da tarde desta sexta-feira (3).
Segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), já foi instaurada uma sindicância para averiguação dos fatos. Em nota, o conselho diz que a processo leva, em média, de seis meses a dois anos para ser concluída e tramita em sigilo processual. O Hospital Municipal de Nova Odessa também está sendo investigado por outros quatro casos envolvendo erro médico ocorridos em 2016.
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