Publicado em 04/03/2022 às 09:53, Atualizado em 13/09/2024 às 19:44
Especialistas explicam o que é, gatilhos, empatia, ‘não é contagioso’, autoaceitação, entre outros
Conhece alguém no seu local de trabalho com manchas claras pelo corpo? Afinal, você sabe o que são essas manchas? As perguntas têm uma resposta simples e falar sobre isto é necessário. Trata-se de vitiligo, uma doença que atualmente pelo menos 1% da população mundial é afetada, tornando-se um assunto muito relevante para conhecer e se informar.
Para entender melhor sobre a doença o Dr. Alexandre Moretti, dermatologista da Unimed Campo Grande, e Ricardo Takaki, psicólogo, falam sobre a temática. Confira! .
O que é vitiligo?
Dr. Alexandre Moretti - Dermatologista
É uma doença autoimune, uma desordem da pigmentação, na qual ocorrem as manchas claras e onde existe uma destruição das células que produzem a melanina, o melanócito. Quando essa célula é destruída aquele local não produz mais a melanina, ficando com a coloração mais clara.
1% de bilhões
Pelo menos 1% da população mundial é afetada pelo vitiligo. É 1% de milhões, bilhões, é muita gente, uma incidência importante.
Gatilhos
Dr. Alexandre Moretti - Dermatologista
Não é uma doença rara, é relativamente comum, e muitas vezes está relacionada com questões emocionais. Tem a ver com gatilhos, porque geralmente são os fatores que pioram o vitiligo.
É genético?
Dr. Alexandre Moretti - Dermatologista
Por vezes o paciente tem uma tendência genética em desenvolver a doença. Observamos que em 30% dos casos tem alguém da família com vitiligo.
Entenda: vitiligo não é contagioso!
Dr. Alexandre Moretti - Dermatologista
De maneira alguma o vitiligo é contagioso. É uma doença inflamatória autoimune, que não tem nenhum quadro infeccioso. Não é uma bactéria, nem um vírus, um protozoário ou um fungo.
Havia muito estigma acerca da doença, mas isso é antigamente, mas hoje com o conhecimento diminuímos muito isso.
No consultório
Dr. Alexandre Moretti - Dermatologista
Fazer o diagnóstico de vitiligo é fácil, mas às vezes ficamos perguntando para o paciente, tentando tirar alguma conclusão para ver se tem algum fator emocional, ou então encaminhamos para o psicólogo. Os pacientes adultos são mais difíceis de tratar do que as crianças, pois têm mais responsabilidades no dia a dia.
Empatia
Ricardo Takaki – Psicólogo
Os problemas, sejam quais forem, que surgem na pele tem a ver com a transição entre o “eu” e o “outro”. Tem toda uma questão de acolhimento que deve ser feita com a pessoa com esta condição.
Para as pessoas que sofram com o vitiligo é importante buscar boas informações, o que elas conseguem com um dermatologista. Em um segundo momento é essencial também procurar uma ajuda psicológica para que ela consiga chegar a um estágio de autoaceitação e, para isso, ela precisa passar por um processo de autoconhecimento, não só da doença que tem, mas também das questões emocionais.
Para saber mais sobre o assunto acompanhe o episódio VITILIGO: MENOS ESTIGMA E MAIS AUTOESTIMA! do podcast Cuidar de Você. Basta acessar nosso Spotify (https://bit.ly/PodcastUnimedCG ) e Youtube (https://bit.ly/PodcastUnimedCGYoutube ).