Publicado em 06/11/2025 às 05:51, Atualizado em 06/11/2025 às 10:01

Em Sidrolândia, mascate do golpe da panela usa falso PIX para extorquir mil reais do cartão de vítima de 42 anos

Vendedor ambulante finge realizar estorno após transação não autorizada em máquina, mas valor transferido é cancelado minutos depois

Redação,
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Uma moradora de Sidrolândia, de 42 anos, foi vítima de um sofisticado golpe de estelionato que combinou a tradicional abordagem do vendedor de porta em porta com o uso de tecnologia de transferência bancária. O golpe, popularmente conhecido como "Golpe da Panela", resultou em um prejuízo de R$ 1.100,00 para a vítima.

O episódio teve início na residência da moradora, onde um mascate ofereceu jogos de panelas. Após negociação, o valor total combinado seria de R$ 2.600,00, mediante o pagamento de uma entrada em dinheiro no valor de R$ 100,00, que foi entregue ao vendedor.

O ponto crucial da fraude ocorreu quando o vendedor solicitou o cartão de débito do Banco Bradesco da vítima, sob a alegação de que precisava utilizá-lo para "imprimir os boletos" referentes ao saldo devedor, que seria pago mensalmente.

Em vez de processar os boletos, o vendedor realizou uma transação não autorizada de R$ 1.000,00 no cartão de débito. Para justificar a ação, ele alegou à moradora que o negócio havia ficado "mais barato" porque ele tinha conseguido passar aquele valor no cartão.

A vítima percebeu a fraude imediatamente e confrontou o mascate, dizendo que não havia autorizado tal transação e que exigia o dinheiro de volta, cancelando toda a compra.

Para acalmar a moradora e conseguir sair da residência, o vendedor agiu rapidamente: ele realizou um PIX de R$ 1.000,00 para a conta da vítima. 

Logo após a saída apressada do mascate, a surpresa: o PIX de R$ 1.000,00 recebido foi estornado pelo banco. A manobra configura uma tática de estelionato na qual o criminoso usa um PIX de origem duvidosa ou obtido por outros meios ilícitos, que é rapidamente cancelado ou contestado, garantindo que o golpista mantenha o valor original furtado do cartão.

Dessa forma, o prejuízo final da vítima totalizou os R$ 100,00 pagos em espécie como "entrada" e os R$ 1.000,00 furtados diretamente de sua conta via transação não autorizada no cartão de débito.

Alerta para a comunidade sobre os riscos de entregar cartões bancários e senhas a vendedores ambulantes, especialmente aqueles que usam táticas de pressão e confusão na negociação.