Publicado em 19/11/2013 às 23:11, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15

Indígenas continuam sem respeitar o que foi pactuado até conclusão do processo de desapropriação

Só nas últimas duas semanas, invadiram outras 16 propriedades rurais em Mato Grosso do Sul

Geraldo Silva, Folha de Campo Grande

Em tempo de plantar e colher alimentos no Brasil, o campo em Mato Grosso do Sul volta a vivenciar autêntico clima de guerra. A intolerância e até a irresponsabilidade vão dando o tom de um conflito entre índios e fazendeiros, por culpa exclusiva da omissão do Governo Federal.

De reunião em reunião, de pacto em pacto, o Ministério da Justiça, a Funai, o Ministério da Agricultura e a Segurança Pública, não conseguem conter qualquer um dos lados.

Os indígenas continuam sem respeitar o que foi pactuado e aguardar a conclusão do processo de desapropriação da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, por exemplo. Só nas últimas duas semanas, invadiram outras 16 propriedades rurais em Mato Grosso do Sul. Muito mais do que desrespeito ao que foi acordado na presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os indígenas dão uma clara demonstração de que não querem a paz no campo.

Como toda ação gera uma reação de igual proporcionalidade, os fazendeiros tratam de se organizar para exercer o direito de defesa e de proteção de seus bens, uma vez que o Estado falha na execução de suas funções.

Falar formação de milícia por parte dos fazendeiros pode até ser correto, tanto quanto é verdadeiro nomear como quadrilheiros os índios que desrespeitam os acordos.

Enquanto isso, a União continua se valendo da burocracia para retardar a solução de conflitos, que vão se tornando tão tradicionais e históricos como os combates da Faixa de Gaza..