Buscar

Morte Pós-Alta: Família de Ronaldo Ribeiro avalia Ação Judicial contra Hospital por "Suspeita de Negligência"

Após duas altas e piora, vigia é transferido e morre em Campo Grande

Cb image default
Ronaldo Além Ribeiro, de 61 anos, era vigia no Posto de Saúde Oscalina Nantes

Sidrolândia está em luto pela perda do servidor municipal Ronaldo Além Ribeiro, de 61 anos, vigia no Posto de Saúde Oscalina Nantes, que faleceu na manhã desta quarta-feira, 29 de outubro, na Santa Casa de Campo Grande

No entanto, o luto da família se mistura com um profundo questionamento: a demora no diagnóstico de lesões internas graves foi fatal?

Ronaldo, que deixa a esposa, três filhos e netos, morreu dez dias após uma queda de motocicleta. A família aponta uma sequência de atendimentos médicos que resultaram em duas altas, mesmo com o servidor apresentando sintomas claros de agravamento.

A Tragédia e o Questionamento da Família

O acidente ocorreu em 18 de outubro, quando Ronaldo escorregou em uma poça de lama a caminho do trabalho. O atendimento inicial no Hospiatal de Sidrolândia Elmiria Silvério Barbosa,  detectou fratura em uma costela por meio de Raio-X. Ele foi medicado e liberado no mesmo dia, com retorno marcado.

A Linha do Tempo que Preocupa

♦18/10/2025 (Pós-Queda): Atendimento inicial, Raio-X e alta.

Dias Seguintes: Persistência de dor intensa e chiado no peito.

♦23/10/2025 (Retorno Agendado): Ronaldo é reavaliado e recebe nova alta, mesmo com piora dos sintomas respiratórios.

♦Piora e Transferência: Diante da recusa em liberar a respiração, a família leva Ronaldo a UPA de Sidrolândia, de onde ele é encaminhado novamente ao hospital, e lá, pela terceira vez, finalmente transferido para a Santa Casa de Campo Grande.

♦27/10/2025 (Santa Casa): Exames mais detalhados na capital revelam o quadro fatal:

Hemotórax: Acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica.

Fraturas Múltiplas: Quatro arcos costais quebrados.

29/10/2025 (Óbito): Ronaldo evolui para insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, vindo a óbito às 08h20.

A principal questão levantada pela família é por que as graves lesões internas, como o hemotórax, que possivelmente causaram a insuficiência respiratória, não foram identificadas nos primeiros atendimentos, permitindo que a vítima fosse liberada duas vezes para casa. O tempo perdido entre o acidente e o diagnóstico correto pode ter sido determinante.

Segundo a familia, a Polícia Civil recebeu cópia do encaminhamento médico ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e deve apurar as circunstâncias da morte.

Fizemos contato com a Diretora do Hospital Amanda Bueno Basso, a mesma disse que Pela Lei Geral da Proteção de Dados, não pode fornecer informações a mídia, mas que vai se informar sobre esse caso. O espaço segue aberto.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.