Publicado em 24/01/2024 às 13:15, Atualizado em 13/09/2024 às 19:47
Após 16 horas de votação, presidente reeleito enfrentará desafios em meio a racha no comando do Sindicato
Em uma eleição marcada por reviravoltas e dissidências, Joel Santos da Cruz, atual presidente do Sindaves, conquistou a reeleição com uma expressiva margem de votos, alcançando 63,35% do total. O pleito, que inicialmente estava programado para 30 de novembro, foi adiado por decisão judicial, aumentando a tensão no cenário sindical.
Após 16 horas de votação, encerradas à meia-noite, a apuração se estendeu até as primeiras horas da quarta-feira, revelando a vitória da chapa 1, encabeçada por Joel Santos da Cruz. A disputa acirrada contra a chapa 2, liderada por Sérgio Bolzan, antigo aliado e vice-presidente, revelou um racha interno no grupo que comanda o Sindicato.
A chapa vencedora obteve 708 votos, enquanto a oposição liderada por Bolzan ficou com 380 votos, representando 34,01% do total. Além disso, foram registrados 29 votos brancos e nulos, com uma abstenção significativa de 34,5%, onde 590 trabalhadores aptos decidiram não participar do processo eleitoral.
A eleição ganhou contornos polêmicos devido às alegações da chapa de Bolzan, que acusou Joel Santos da Cruz de atrasar a divulgação da lista de eleitores e apresentar, a apenas três dias do pleito, uma lista com erros. Esses desdobramentos refletem não apenas o resultado nas urnas, mas também a intensificação das disputas internas no sindicato.
Enquanto a equipe de Joel Santos da Cruz celebra a continuidade no comando, a reeleição ocorre em meio a uma delicada negociação salarial dos trabalhadores, cuja data-base é em novembro. A falta de acordo entre o Sindaves e as empresas gerou impasses, com o Sindicato reivindicando um reajuste de 12,5% no piso salarial, enquanto a proposta empresarial ficou em 5,62%.
Com o novo mandato, Joel Santos da Cruz terá o desafio não apenas de liderar o Sindaves em um momento crucial para os trabalhadores, mas também de gerenciar as divisões internas que se intensificaram durante o processo eleitoral. O destino das negociações salariais e a unidade sindical tornam-se prioridades em um cenário pós-eleitoral desafiador.