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Técnicos da Funai vistoriam áreas reivindicadas por índios em MS

Grupo calcula valor das fazendas que podem ser compradas de produtores.Cerca de 32 áreas devem ser analisadas pelas equipes.

Três equipes técnicas da Fundação Nacional do Índio (Funai) estão na região de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, nesta quinta-feira (10), para fazer vistorias nas propriedades rurais localizadas na área da terra indígena Buriti, reivindicada pelos indígenas da região. Uma das fazendas foi palco de conflito entre terenas e policiais federais durante reintegração de posse em maio de 2013.

Para colocar um fim na situação, o Governo Federal se propôs a comprar as áreas dos produtores. Chegou a ser cogitado o uso de Títulos da Dívida Agrária (TDA) para conseguir a verba necessária, mas ainda não houve um desfecho concreto sobre o que será realmente feito.

O objetivo dos trabalhos dos técnicos é avaliar o valor das fazendas. As análises começaram no dia 25 de setembro, segundo o engenheiro agrônomo Luiz Antônio Araújo, que compõe uma das equipes.

Durante esta quinta, o grupo esteve na fazenda São Sebastião da Serra, que é uma das 32 propriedades localizadas dentro da área Buriti. Com essa, já foram percorridas cerca de dez fazendas.

Araújo disse  que a avaliação em cada propriedade rural é acompanhada por um responsável pelo local e, em casos de áreas invadidas, um indígena também acompanha.

Temos que conferir e avaliar o pasto, a casa, o curral, a cerca, árvores frutíferas, açudes, represas, energia e tudo que foi construído na propriedade, de acordo com o estado de conservação, explicou. Segundo Araújo, a equipe leva em torno de dois a três dias para fazer o levantamento em cada fazenda.

Depois de medir e tirar fotos das benfeitorias, as informações e dados compõem um relatório. A previsão do engenheiro é que os trabalhos na região sejam concluídos até o dia 20 de outubro.

Como funciona?O levantamento das benfeitorias é uma das etapas para calcular o valor de cada propriedade. A primeira fase do levantamento é feita por técnicos da Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário (Agraer), que avaliam a topografia das fazendas e elaboram um mapa da propriedade com os marcos territoriais.

A segunda etapa é feita pelas equipes técnicas da Funai que avaliam as benfeitorias. Na última fase, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) calcula o valor da terra nua.

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