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Universitários terão reunião com Defensoria Pública sobre transporte

Iniciadas as aulas e o funcionamento do transporte, mas as coisas ainda não se normalizaram entre os universitários e cursistas de Sidrolândia.

Semana que se encerrou foi conturbada para a União Estudantil (UES), entidade criada para receber o repasse da Prefeitura e arrecadar a contribuição mensal dos cadastrados, para efetuar o pagamento à empresa contratada para proceder o transporte até as instituições em Campo Grande e Maracaju.

No meio da semana passada, um grupo que representou em torno de 70 estudantes, protestou pelo impedimento do acesso ao transporte, por não estarem cadastrados na UES.

Eles justificaram a situação, alegando que o prazo dado para se filiarem foi muito curto, e esperavam por respostas das universidades, financiamento de FIES e SISU.

Após o protesto, a UES voltou atrás, permitiu o acesso de todos os universitários e cursistas que não possuem carteirinha, ao transporte, e anunciou para a próxima segunda-feira (24) a reabertura do cadastramento para atender ao grupo.

Na manhã da sexta-feira (21), estudantes voltaram a denunciar problemas relacionados ao transporte. A Agência Estadualde Regulação de Serviços Públicos no Estado (AGEPAN), realizou abordagens no dia anterior em frente à Base Operacional da PRF, na Rodovia BR-060 em Sidrolândia, e barrou alguns ônibus, cobrando o contrato para a exploração dos serviços de transporte de universitários e cursistas.

Os acadêmicos questionam a existência do contrato entre UES e empresa contratada. Houve relatos de que alguns fiscais estariam maltratando usuários do transporte, e estes constrangimentos revoltaram filiados à entidade.

Indignados, estudantes decidiram buscar orientações junto à Defensoria Pública, e uma reunião foi marcada para a segunda-feira (24) às 15 horas.

Fui à Defensoria para procurar orientação jurídica sobre o transporte, porque não somente eu mas vários universitários, não temos condições de pagar pelo transporte, além de estarmos sofrendo humilhações pela associação, disse Lays Machado, acadêmica.

Ela cita situações de acadêmicos moradores em assentamentos, que não possuem renda suficiente para arcar com os custos do transporte. 

A Defensora vai tirar as nossas dúvidas,se temos ou não direito ao transporte, porque há nove anos ele existe, e agora de uma hora pra outra é cortada a gratuidade, sem termos condições de bancar o investimento, salientou.

Lays voltou a comentar sobre situações constrangedoras sofridas por estudantes. Os fiscais da associação estão retirando do ônibus quem não pagou a carteirinha provisória, ou que está sujo por causa dos trotes.

Perguntada sobre os tipos de humilhações, ela deu um exemplo: São vários tipos de humilhações verbais, como se você tem condições de pagar, pague, então não enche mais o saco, sem contar com um fiscal que está entrando no ônibus e pegando os estudantes pelo braço para retirá-los porque não estão com a carteirinha provisória. 

A estudante declarou que há gravações que comprovam a desorganização no trabalho de fiscais designados pela UES. Segundo ela, há denúncias de ônibus estarem saindo da rota estabelecida para a linha, e estudantes chegando na faculdade atrasados, até às 20 horas.

É por isso que estaremos reunidos com a Defensoria, para sabermos dos nossos direitos sobre a gratuidade do transporte, e estas arbitrariedades da UES, frisou Lays.

Procurada pela reportagem, a presidente da UES, Letícia Martinelli não quis se pronunciar, preferindo se manifestar no decorrer da próxima semana após o resultado do encontro dos manifestantes com a Defensoria Pública.

Saiba Mais
  • Sou contra o corte, mas a favor do transporte universitário para quem realmente precisa - Slogan da próxima Lei da Gratuidade

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