Publicado em 29/10/2013 às 20:13, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15

Usina Santa Olinda divulga acordo firmado entre ex funcionários e sindicato da categoria e do Ministério do Trabalho

Em resumo, o acordo prevê o pagamento das rescisões com o resultado a ser apurado a partir da venda da cana da empresa para terceiros

Redação,

Há dois meses ex trabalhadores da Usina Santa Olinda, em conjunto com o Sindicato da categoria e do Ministério Público do Trabalho, celebraram com a empresa um acordo para o recebimento de suas verbas rescisórias.

Em resumo, o acordo prevê o pagamento das rescisões com o resultado a ser apurado a partir da venda da cana da empresa para terceiros.  O acordo foi homologado em juízo e o pagamento dos trabalhadores seria feito diretamente pelos compradores em conta judicial.  Os trabalhadores montaram uma comissão para o acompanhamento das negociações, bem como da operação para colheita e transporte da matéria prima.

Aproximadamente 120 mil toneladas de cana foram vendidas para outras usinas. Conforme apurado por nossa equipe, caso toda cana seja colhida até o final dessa safra, deverá render para os trabalhadores cerca de R$1.200.000,00, o que equivale a mais da metade da receita total da venda. 

A outra parte da receita seria empregada para pagamento da folha de pagamentos dos empregados ativos e para cobrir os custos com  a operação para colheita da cana.

Segundo apuramos, a operação para a colheita da cana vem realizando-se de forma muito abaixo do esperado, frustrando as expectativas iniciais, o que pode estar gerando certa ansiedade para todas as partes envolvidas no acordo – trabalhadores, sindicatos, empresa, ministério público do trabalho e da comunidade do entorno da usina.  No entanto, o diálogo entre todas as partes envolvidas tem sido uma constante no curso da operação de colheita.

Recentemente, no dia 22 de outubro, a empresa apresentou no processo judicial em que foi celebrado o acordo, uma prestação de contas que demonstra o fluxo da colheita de cana e os valores a serem depositados em favor dos trabalhadores.  

O acordo celebrado ainda prevê como garantia do recebimento das verbas rescisórias, além da venda de cana das próximas safras, parte dos valores a serem arrecadados com a venda de uma das unidades da empresa no Estado do Rio de Janeiro.

A estratégia da empresa é temporariamente reduzir de tamanho para poder fortalecer-se e voltar a crescer de forma sustentável, procurando manter em seus quadros um número de funcionários que permita a manutenção da operação de venda da cana e renovação do canavial, bem assim para a formação de novas equipes de trabalho a partir de sua reestruturação.