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CNH pode ficar até 80% mais barata com fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas

Governo estuda flexibilizar processo de habilitação, mas exames práticos, médicos e psicológicos seguem obrigatórios

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 O projeto mais citado que propõe tornar facultativa a obrigatoriedade das aulas (teóricas e práticas) em autoescolas para obtenção da CNH é o PL 4474/2020, de autoria do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

O governo federal analisa uma proposta que pode mudar radicalmente a forma como os brasileiros obtêm a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida prevê o fim da obrigatoriedade de frequentar autoescolas, permitindo que candidatos escolham entre estudar sozinhos, realizar cursos online ou contratar instrutores independentes credenciados.

Segundo o Ministério dos Transportes, o objetivo é reduzir o custo da CNH em até 80%, já que atualmente as aulas práticas e teóricas representam uma das parcelas mais caras do processo.

Apesar dessa flexibilização, as provas práticas de direção, o exame teórico de legislação de trânsito, além dos testes médicos e psicológicos, continuarão sendo obrigatórios e seguirão sob responsabilidade dos Detrans.

✅ Vantagens previstas

Entre os pontos positivos destacados estão a redução de custos, a possibilidade de inclusão social, já que mais pessoas poderiam arcar com o processo, e a flexibilidade de aprendizado, permitindo que o candidato decida quantas aulas práticas deseja realizar e de que forma, desde que esteja preparado para enfrentar o exame oficial.

⚠️ Críticas e preocupações

Apesar dos possíveis benefícios, especialistas e entidades ligadas à segurança viária alertam para riscos. A dispensa das aulas obrigatórias pode comprometer a qualidade da formação dos condutores, aumentando a probabilidade de acidentes.

Outro ponto levantado é o impacto econômico: o setor de autoescolas teme prejuízos significativos e até o fechamento de empresas, caso a mudança seja implementada sem medidas de transição.

🕒 O que acontece agora

A proposta ainda está em fase de estudos dentro do governo e depende de aval da Casa Civil e do presidente para ser oficializada. Antes de entrar em vigor, deverá passar por consulta pública e pela análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que será responsável por regulamentar a nova modalidade de formação de condutores.

Se confirmada, a mudança pode entrar em vigor ainda em 2025, transformando profundamente o sistema de habilitação no Brasil.

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