A maioria da bancada votou a favor, reconhecendo que houve abusos, penas desproporcionais e injustiças gritantes contra cidadãos que, em muitos casos, não passaram de manifestantes pacíficos.
Como votou cada deputado
◘ Beto Pereira (PSDB) – Sim
◘ Camila Jara (PT) – Não
◘ Dagoberto Nogueira (PSDB) – Sim
◘ Dr. Luiz Ovando (PP) – Sim
◘ Geraldo Resende (PSDB) – Não
◘ Marcos Pollon (PL) – Sim
◘ Rodolfo Nogueira (PL) – Sim
◘ Vander Loubet (PT) – Não
Resultado: 5 votos a favor e 3 contrários.
Prisões políticas e penas absurdas
Os eventos de 8 de janeiro resultaram em uma onda de prisões que mais parecem punições de exceção do que decisões pautadas na justiça. Centenas de pessoas foram jogadas em celas sem julgamento, muitas delas sem qualquer envolvimento direto com atos de vandalismo.
Casos absurdos se multiplicam: senhoras condenadas por “pintar frases em batom”, cidadãos acusados de “golpe de Estado” apenas por estarem presentes em Brasília, e manifestantes pacíficos que tiveram suas vidas destruídas. Enquanto isso, verdadeiros criminosos seguem livres em tantas outras esferas da vida pública.
A Suprema Corte transformou o 8 de janeiro em um espetáculo político, aplicando penas que em nada se comparam à gravidade dos supostos atos. Pessoas que não portavam armas, não quebraram patrimônio e sequer incitaram violência receberam condenações superiores a de homicidas.
Por que a anistia é necessária
A anistia não é impunidade. É ato de justiça diante de um processo claramente contaminado por paixões políticas e por uma ânsia de revanche institucional. O Brasil não pode admitir que cidadãos sejam transformados em presos políticos em pleno século XXI.
Ao votar pela urgência da anistia, deputados como Beto Pereira, Dagoberto Nogueira, Dr. Luiz Ovando, Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira deram um passo para corrigir os excessos. Já os que votaram contra — Camila Jara, Geraldo Resende e Vander Loubet — preferiram manter a narrativa de que todo manifestante do 8 de janeiro é criminoso, ignorando os casos de flagrante injustiça.
O caminho adiante
A votação da urgência abre espaço para que o tema seja enfrentado no plenário. O Congresso terá agora a oportunidade de reparar os abusos, devolver dignidade às famílias atingidas e reafirmar que democracia não combina com perseguição política.
O país precisa escolher entre perpetuar injustiças ou conceder perdão a quem foi tratado como inimigo, quando na verdade eram cidadãos comuns, muitos movidos por fé e esperança. A anistia é um passo de pacificação nacional.
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