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Polícia investiga morte de jovem de 21 anos após beber whisky no sábado e cachaça no domingo em Campo Grande

Rapaz chegou à UPA reclamando de mal-estar no estômago e acabou não resistindo; polícia investiga o caso

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Um jovem de 21 anos morreu após passar mal  em Campo Grande, depois de consumir whisky no sábado (28) e cachaça no domingo (29). Ele foi levado para a UPA Universitário, mas, apesar do atendimento médico, não resistiu.

De acordo com informações da ocorrência, o rapaz chegou à unidade de saúde reclamando de forte desconforto no estômago, náuseas e chegou a vomitar um líquido escuro

Ainda assim, ele estava consciente, conversando normalmente, sabia onde estava e respondia às perguntas dos profissionais. Os médicos também registraram que, naquele momento, ele estava com pressão estável e respirando sem dificuldade aparente.

Pouco tempo depois, o quadro piorou de forma repentina e o jovem não resistiu. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), onde exames toxicológicos vão apontar a causa da morte.

A Polícia Civil abriu investigação para descobrir se houve relação com o consumo das bebidas. O caso chama atenção porque, em outras cidades do país, mortes já foram registradas após ingestão de bebidas adulteradas, especialmente quando misturadas com substâncias tóxicas como o metanol. Neste caso de Campo Grande, não há confirmação de que tenha alguma relação com os casos de intoxicação por metanol registrados no Brasil, exames toxicológicos em breve vão apontar a causa da morte.

Enquanto aguardam o laudo, familiares e amigos buscam respostas sobre o que realmente levou à morte precoce do jovem.

Casos semelhantes no Brasil preocupam autoridades

A morte do jovem em Campo Grande chama atenção para outras ocorrências recentes no país envolvendo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas ou de procedência duvidosa.

São Paulo: pelo menos cinco pessoas morreram após ingerir bebidas contaminadas com metanol, substância altamente tóxica usada em adulterações criminosas. Mais de 20 casos seguem sob investigação. Em alguns episódios, garrafas de uísque falsificado foram apontadas como a possível origem das intoxicações.

Minas Gerais: em Betim, duas pessoas morreram e outras dez foram hospitalizadas após o consumo de whisky adulterado. A polícia chegou a apreender dezenas de garrafas falsificadas e prendeu um comerciante suspeito de envolvimento na distribuição.

Dados nacionais: segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o álcool está associado a cerca de 105 mil mortes por ano no Brasil, o que representa em média 12 óbitos por hora. Além de intoxicações, entram nessa conta doenças crônicas, acidentes e violência relacionados ao consumo abusivo. O impacto econômico estimado é de R$ 18,8 bilhões anuais, considerando custos diretos à saúde e perdas indiretas de produtividade.

Esses números reforçam a gravidade do problema e a necessidade de investigações rigorosas em casos como o registrado em Campo Grande, para identificar se houve eventual adulteração, consumo excessivo ou outros fatores que possam ter levado ao desfecho fatal.

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