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A disparada do preço dos alimentos coloca inflação acima da Meta

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fecha 2024 com alta de 4,83% devido aos aumentos nos preços de alimentos, saúde e transportes.

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Imagem gerada com Freepik

Em 2024, a inflação atingiu o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano com uma alta acumulada de 4,83%, superando em 0,21 ponto percentual (pp) o índice de 2023 e ficando 0,33 pp acima da meta de 4,5%.

De acordo com o IBGE, o grupo de alimentação e bebidas teve o maior impacto sobre a inflação, com alta de 7,69% em 12 meses, contribuindo com 1,63 pp para o IPCA do ano. Outros grupos que impactaram significativamente foram saúde e cuidados pessoais (6,09%) e transportes (3,30%), contribuindo com 0,81 pp e 0,69 pp, respectivamente. Juntos, esses grupos representaram cerca de 65% da inflação de 2024.

A gasolina teve o maior impacto individual no IPCA, com alta acumulada de 9,71% no ano (0,48 pp). Outros subitens importantes foram planos de saúde (7,87%) e refeições fora do domicílio (5,70%), contribuindo com 0,31 pp e 0,20 pp, respectivamente. O café moído também se destacou com alta de 39,6% e impacto de 0,15 pp.

Por outro lado, subitens como passagens aéreas, tomate e cebola ajudaram a conter a inflação, registrando quedas de 22,20%, 25,86% e 35,31%, respectivamente.

Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, destacou que "o índice foi puxado pela alta dos itens alimentares, influenciada por condições climáticas adversas em várias regiões do país durante o ano. Além disso, assim como em 2023, a gasolina teve a maior contribuição no indicador em 2024".

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