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Mulher é presa suspeita de torturar e manter sobrinha em cárcere privado no Rio

Segundo a investigação, a adolescente vivia em condições análogas à escravidão.

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Divulgação

Policiais civis da 9ª DP (Catete) prenderam, nesta segunda-feira (28), Andreia Luiza Campos Martins dos Santos, suspeita de torturar e manter sua sobrinha, de 15 anos, em cárcere privado.

Segundo a investigação, a adolescente vivia em condições análogas à escravidão, sendo obrigada a realizar tarefas domésticas enquanto sofria agressões físicas e psicológicas.

Ainda de acordo com a investigação, a tia, além de cometer abusos diários, falsificou laudos médicos para descredibilizar as denúncias da vítima, alegando que ela sofria de esquizofrenia.

As investigações revelaram que a jovem foi morar com a tia ainda criança, mas, após anos de violência, fugiu e se abrigou com os pais, denunciando os maus-tratos.

A polícia afirma que para tentar manter o controle sobre a sobrinha, a mulher apresentou documentos falsos à Justiça, afirmando que a adolescente não deveria ter contato com a família.

A vítima, que já havia denunciado os abusos na escola e ao síndico do prédio onde morava, recebeu apoio do Conselho Tutelar, que encaminhou a denúncia para a polícia. Os agentes descobriram que os laudos médicos eram falsificados e que a jovem nunca teve diagnóstico de esquizofrenia.

"Ocorre que essa criança novamente fugiu de casa, e dessa vez o Conselho tutelar avisou à delegacia, começamos portanto uma investigação, e no curso da investigação descobrimos que esses laudos eram falsos, a menina jamais teve diagnóstico de esquizofrenia, os laudos eram falsos, falsificados pela tia, para desacreditar os relatos da menina", explica o delegado Rafael Barcia.

A tia foi presa em seu apartamento no Flamengo e responderá por tortura, cárcere privado, falsificação de documentos, racismo e condição análoga à de escravo.

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