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Polícia de SP desmantela quadrilha que produzia anabolizantes e emagrecedores falsos em MS

Grupo criminoso teria lucrado mais de R$ 25 milhões com venda ilegal de medicamentos; 120 mandados são cumpridos em 12 estados

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Foto:  Divulgação/SSP

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), uma megaoperação contra uma organização criminosa especializada na falsificação e venda ilegal de medicamentos, entre eles anabolizantes e emagrecedores, produzidos de forma clandestina no Mato Grosso do Sul e distribuídos para todo o Brasil.

Segundo as autoridades, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 25 milhões nos últimos anos, fabricando produtos sem qualquer autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os itens eram comercializados diretamente a consumidores finais, sem a exigência de receita médica.

A investigação foi conduzida por agentes da 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), e teve início há cerca de um ano. Durante esse período, foram identificadas as rotas de distribuição, os laboratórios clandestinos e os envolvidos na cadeia de produção e venda.

Nesta terça-feira, foram cumpridos 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão, totalizando 120 ordens judiciais. As ações ocorreram em São Paulo (capital e cidades como Guarulhos, Mogi das Cruzes, Cotia, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Jacareí, Campinas, Jundiaí, Louveira, Sumaré e São José do Rio Preto) e em outros 11 estados brasileiros:

Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Santa Catarina.

A quadrilha utilizava empresas de fachada para mascarar a origem dos produtos e driblar a fiscalização. Conforme a polícia, os medicamentos falsificados eram produzidos com substâncias de procedência duvidosa, colocando em risco a saúde dos consumidores.

As investigações seguem em andamento, e o material apreendido será analisado para aprofundar o levantamento de provas. Os responsáveis poderão responder por crimes como falsificação de produto para fins terapêuticos, associação criminosa e crime contra a saúde pública.

 A operação é mais um alerta sobre os riscos do consumo de medicamentos sem prescrição e da compra de produtos de procedência desconhecida pela internet.

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