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Servidora da Justiça é investigada por passar informações sigilosas a suspeito

Analista judiciário teve acesso restrito a processos e varredura será feita nos últimos seis meses

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(Foto ilustrativa/Dayene Paz)

A Justiça em Campo Grande instaurou processo administrativo disciplinar contra servidora, que ocupa cargo de analista judiciário, lotada no cartório de distribuição, e que acessava processos criminais sigilosos para repassar informações ao investigado sobre expedição de mandados de prisão e demais movimentações.

Segundo a portaria publicada hoje no Diário da Justiça, “há indícios de que a servidora utilizou-se de seu cargo de analista judiciário e a senha a ela conferida aos sistemas do Poder Judiciário para fornecer informações sigilosas”, sendo identificada apenas pelas iniciais P.H. de S. O documento não deixa claro se a pessoa ainda está sendo investigada, se foi ofertada denúncia ou se já consta como réu.

A juíza diretora do Foro de Campo Grande, Joseliza Alessandra Vanzela Turine determinou que a Secretaria de Tecnologia de Informação informe os processos criminais com sigilo que a pessoa servidora acessou nos últimos seis meses.

Joseliza também oficiou à Corregedoria-Geral de Justiça para retirada do acesso ao Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional) e ao SEEU (Sistema Eletrônico de Execução Unificado) da analista dos processos sigilosos, e ao setor de TI (Tecnologia da Informação) para limitação aos acessos não sigilosos.

O procedimento administrativo foi instaurado a partir da publicação, sendo que a comissão processante será composta pela juíza e outros dois servidores. 

A juíza determinou a citação para apresentação de defesa prévia, em cinco dias, podendo apresentar provas documentais e orais, além de lista com até cinco testemunhas.

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