Uma denúncia feita à Controladoria-Geral do Município de Rio Brilhante (MS) trouxe à tona a suspeita de abuso contra uma criança de apenas quatro anos.
A mãe, a empresária, afirma que a filha apresentou mudanças de comportamento após a rotina escolar e acredita que as queixas feitas pela menina eram, na verdade, um pedido de socorro.
Segundo relato, desde o dia 9 de setembro, a criança passou a se queixar frequentemente ao chegar da escola, dizendo que não queria mais utilizar o transporte escolar. Inicialmente, a mãe pensou que o desconforto estivesse relacionado ao trajeto de ônibus, mas logo percebeu sinais de que o problema poderia estar acontecendo dentro da unidade de ensino.
“Ela começou a falar coisas incomuns para a idade, frases que me deixaram em alerta. Como mãe, senti que havia algo errado, que ela estava tentando me contar algo mais grave”, declarou D.M.M.
Preocupada, a mãe levou a criança ao hospital local e acionou o Conselho Tutelar. No entanto, relata ter enfrentado demora no atendimento e ausência de protocolos imediatos, como a solicitação de laudos médicos ou exames específicos que poderiam ajudar a esclarecer a situação.
“Eu esperava que houvesse mais agilidade, que houvesse uma escuta especializada, mas não foi isso que aconteceu”, disse.
Até o momento, os resultados formais ainda não foram disponibilizados, e a família aguarda providências das autoridades responsáveis.
Com receio de que a permanência no mesmo ambiente escolar pudesse agravar o trauma da filha, a mãe solicitou a transferência da criança para outra instituição. O caso também passou a ser acompanhado por um advogado particular contratado pela família.
A denúncia está sendo investigada pela Polícia Civil e monitorada pelo Conselho Tutelar. Até agora, não foram divulgados detalhes sobre a linha de investigação nem sobre medidas tomadas em relação à escola e aos profissionais envolvidos.
Casos que envolvem suspeita de violência ou abuso contra crianças exigem atenção imediata de órgãos de proteção e saúde, já que falas incomuns, mudanças de comportamento e resistência à rotina podem ser sinais de alerta.
A legislação brasileira prevê que qualquer suspeita deve ser comunicada às autoridades competentes, cabendo ao Conselho Tutelar e à polícia adotar medidas de proteção, investigação e encaminhamento especializado.
Como ainda não há resultados periciais ou conclusões formais, trata-se de uma denúncia em apuração. A presunção de inocência e o sigilo são princípios legais a serem respeitados, principalmente em casos que envolvem crianças.
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