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1º Feminicidio do Ano. Luciene tinha medida protetiva e já havia denunciado marido em Sidrolândia

Delegada revela histórico de violência e diversas denúncias contra Airton, que teve prisão preventiva decretada

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Luciene Braga Moralev- Foto Redes Sociais

Em Sidrolândia, o trágico caso de feminicídio chocou a comunidade, quando Luciene Braga Morale, de 50 anos, foi brutalmente assassinada pelo próprio marido, Airton Barbosa Louriano, de 45 anos, descumprindo a medida protetiva que deveria mantê-lo afastado da vítima.

 A delegada Bárbara Fachetti, titular da Delegacia de Polícia Civil local, detalhou aspectos cruciais desse crime que expõe a vulnerabilidade das vítimas de violência doméstica.

De acordo com a delegada, Luciene havia registrado diversos boletins de ocorrência contra Airton, evidenciando um histórico conturbado de violência no relacionamento. A medida protetiva em vigor deveria garantir a segurança da vítima, impedindo qualquer aproximação do agressor. Fachetti revelou ainda a extensa ficha criminal de Airton, na qual todas as passagens estão relacionadas à violência doméstica, incluindo lesões corporais, ameaças, incêndio qualificado, injúria e vias de fato.

O desfecho trágico ocorreu após Luciene ser encontrada sem vida, com sinais de espancamento, no Hospital Elmíria Silvério Barbosa. A polícia iniciou a investigação imediatamente, conduzindo à prisão em flagrante de Airton, que passou por audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul.

A versão apresentada por Airton durante seu interrogatório, alegando um suposto assalto praticado por usuários de drogas, foi desmentida por testemunhas e evidências recolhidas pela polícia. Uma blusa masculina suja de sangue e um lençol ensanguentado foram localizados, enquanto ferimentos nas mãos do suspeito levantaram suspeitas adicionais sobre sua participação no crime.

O feminicídio de Luciene Braga Morale não apenas revela a gravidade da violência doméstica, mas também destaca a urgência de medidas eficazes para proteger as vítimas. A sociedade clama por justiça e por uma reflexão profunda sobre a necessidade de enfrentar e prevenir casos tão trágicos como esse.

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