Apesar do crescimento populacional e da constante demanda por mais segurança nos espaços públicos, Sidrolândia ainda não conta com uma Guarda Municipal. A ausência da corporação, comum em cidades de porte semelhante, levanta questionamentos sobre prioridades administrativas, limitações orçamentárias e a falta de articulação política em torno do tema.
A Guarda Municipal é uma instituição prevista na Constituição Federal, com a função de proteger o patrimônio público, como escolas, praças, unidades de saúde e outros espaços municipais. Além disso, atua de forma complementar às polícias Militar e Civil em ações preventivas e de apoio.
Para que Sidrolândia tenha sua própria guarda, seria necessário um conjunto de medidas: criação de uma lei municipal autorizando a corporação, concurso público para contratação de agentes, formação e treinamento, além da estrutura física e aquisição de equipamentos como fardamento, viaturas e rádios comunicadores. Todo esse processo requer planejamento técnico, aprovação legislativa e investimento financeiro.
Especialistas em segurança pública apontam que a falta da guarda pode deixar lacunas na proteção de bens públicos, aumentar a sensação de insegurança e sobrecarregar outras forças de segurança. Por outro lado, a implantação da guarda exige recursos significativos e um projeto consistente, o que pode explicar a demora ou mesmo a ausência da proposta no plano de governo das gestões anteriores e atuais.
Outro fator que pesa é a ausência de pressão popular ou institucional. Sem mobilização de moradores, vereadores ou conselhos comunitários cobrando a criação da guarda, o tema acaba ficando em segundo plano na agenda do Executivo.
Em diversas cidades do Mato Grosso do Sul, guardas municipais já atuam de forma efetiva, como em Dourados, Ponta Porã e Campo Grande. Nestes municípios, a presença da corporação tem colaborado para a segurança nas escolas, no trânsito e em eventos públicos.
Sidrolândia está pronta para ter sua Guarda Municipal? A resposta depende do comprometimento político, da mobilização da sociedade e da capacidade do município em investir em segurança preventiva de forma estruturada e responsável.
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