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Mais de 20 pessoas da antiga gestão de Sidrolândia são alvos da 4ª fase da Operação Tromper por fraudes de R$ 20 milhões

Operação mira contratos superfaturados e licitações fraudadas na antiga gestão; esquema teria desviado cerca de R$ 20 milhões dos cofres públicos de Sidrolândia.

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Foto: Sidronews

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a 4ª fase da Operação Tromper, que investiga um suposto esquema de corrupção instalado na Prefeitura de Sidrolândia durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo (PP).

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o foco da investigação são fraudes em contratos públicos que somam cerca de R$ 20 milhões, especialmente nas áreas de obras de pavimentação e infraestrutura urbana. Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão nas cidades de Sidrolândia e Campo Grande, com apoio de unidades táticas como o BOPE, Batalhão de Choque, Força Tática da PM e a Assessoria Militar do MP.

Entre os mais de 20 investigados estão figuras centrais da antiga administração, servidores comissionados e empresários beneficiados pelos contratos fraudulentos. A investigação aponta a existência de uma organização criminosa estruturada para fraudar licitações, superfaturar contratos, pagar propina e ocultar valores ilícitos.

Esquema continuava ativo, segundo o MP

Segundo o Ministério Público, mesmo após fases anteriores da Operação Tromper, a organização criminosa continuava operando normalmente, desrespeitando medidas cautelares já impostas. A atuação do grupo incluía montagem de processos licitatórios com empresas previamente escolhidas, simulações de legalidade e favorecimento sistemático em contratos públicos, sempre com o objetivo de desviar recursos e viabilizar o pagamento de propina.

Além das fraudes em licitações e superfaturamento, a apuração identificou lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio como práticas recorrentes dos envolvidos.

Os contratos públicos investigados somam cerca de R$ 20 milhões, sendo a maior parte deles relacionada à pavimentação asfáltica e infraestrutura urbana. O MPMS deve divulgar nas próximas horas detalhes sobre os presos e o material apreendido durante a operação.

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