Sidrolândia registra caso suspeito de intoxicação por metanol e acende alerta em MS

Sidrolândia, entrou oficialmente na lista de municípios que registraram casos suspeitos de intoxicação por metanol. A informação consta em boletim divulgado neste domingo (5) pelo Ministério da Saúde. Com a inclusão, o estado passa a contabilizar cinco ocorrências em investigação: dois casos em Campo Grande, um em Ladário, um em Rio Brilhante e agora um em Sidrolândia.

Entre os registros, está a morte do jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, em Campo Grande. A possível ligação do óbito com intoxicação por metanol já foi reconhecida pela pasta, mas ainda depende de confirmação laboratorial.

Situação em Mato Grosso do Sul

De acordo com o levantamento, as amostras de sangue e urina das vítimas foram enviadas para o Lacen (Laboratório Central), que realizará os exames para atestar a presença ou não da substância. Até o momento, não há resultados conclusivos.

A confirmação é considerada fundamental para orientar medidas de saúde pública e investigação criminal, já que o consumo de metanol pode estar relacionado à adulteração de bebidas alcoólicas.

Cenário nacional

No Brasil, já são 195 notificações de intoxicação por metanol, somando casos confirmados e em investigação. A maioria dos registros se concentra em São Paulo, onde o surto teve início e que responde por mais de 160 notificações até agora.

O número expressivo em São Paulo preocupa as autoridades por indicar possível circulação de bebidas clandestinas adulteradas em larga escala, o que aumenta o risco de expansão para outros estados.

O que é o metanol e quais os riscos?

O metanol é uma substância química altamente tóxica, utilizada principalmente como solvente industrial e combustível. Quando ingerido, mesmo em pequenas quantidades, pode causar efeitos graves como:

♦Náusea, vômitos e dor abdominal;

♦Alterações visuais, podendo evoluir para cegueira irreversível;

♦Comprometimento neurológico;

♦Insuficiência respiratória e morte em casos graves.

O tratamento precoce é essencial e deve ser feito em ambiente hospitalar, com antídotos específicos e suporte clínico.

As autoridades de saúde reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa, especialmente aquelas vendidas sem rótulo ou a preços muito abaixo do mercado.