Sem Sinal, Sem Socorro: Moradores da Agrovila Capão Seco em Sidrolândia enfrentam risco por falta de comunicação

Moradores da Agrovila Capão Seco, zona rural de Sidrolândia, vivem um cenário alarmante: a quase total ausência de sinal telefônico torna impossível acionar serviços essenciais como o SAMU (192), o Corpo de Bombeiros (193) e a Polícia Militar (190). 

A situação é ainda mais crítica em casos de acidentes em estradas vicinais ou emergências graves na Unidade Básica de Saúde da região, onde o tempo de resposta pode ser vital.

Mesmo quando há acesso eventual à internet, a comunicação segue comprometida. Os números de emergência não aceitam chamadas por aplicativos como WhatsApp, que depende de sinal telefônico para completar ligações. Ou seja, mesmo com conexão, não é possível pedir socorro por esses canais.

Além disso, a internet disponível na região é de péssima qualidade, tanto a que vem pela rede de Sidrolândia quanto a fornecida por operadoras de Campo Grande. A oscilação e a baixa velocidade inviabilizam o uso até de mensagens em alguns momentos, tornando a comunicação ainda mais difícil.

A operadora Claro, em alguns pontos da Agrovila, chega a oferecer um sinal fraco e intermitente, mas poucas pessoas na comunidade utilizam essa operadora — que também apresenta cobertura instável e falhas constantes. As demais operadoras simplesmente não funcionam na região.

“Já enfrentamos situações desesperadoras. Um paciente chega em estado grave e não conseguimos acionar o SAMU. É preciso percorrer vários quilômetros até encontrar sinal, e isso pode custar uma vida”, relata um profissional de saúde que atua na localidade.

Além dos riscos enfrentados pela população, os próprios servidores da saúde ficam desassistidos, sem possibilidade de buscar apoio rápido em atendimentos de urgência ou situações críticas.

Diante da gravidade do problema, a comunidade da Agrovila Capão Seco clama por providências imediatas das autoridades e das operadoras de telecomunicações.

A instalação de torres de sinal ou soluções alternativas de conectividade é urgente para garantir o básico: o direito de pedir socorro quando a vida está em risco.

Fotos Agrovila Capão Seco