O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) manifestou-se contrário ao pedido de uma ex-pregoeira de Sidrolândia para a retirada da tornozeleira eletrônica. Ela é uma das rés da terceira fase da Operação Tromper, que revelou um esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propinas no município.
A ré argumentou que a tornozeleira a impede de desempenhar suas atividades profissionais, prestando serviços de organização de eventos para um buffet, limitando sua atuação em outras cidades e no período noturno. Além disso, sua defesa alegou que ela precisa trabalhar para sustentar o filho.
No entanto, o MPMS contestou, afirmando que a criança mora com a avó em Sidrolândia e que a mãe reside atualmente em Campo Grande. A promotoria destacou que o menor já estava sob os cuidados da avó desde a deflagração da operação, em abril de 2024. Dessa forma, requereu o indeferimento do pedido e a manutenção do monitoramento eletrônico.
O caso agora está sob análise do juiz responsável, que decidirá sobre a permanência da tornozeleira.
Outros réus no caso
A Operação Tromper, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), levou à prisão de 23 pessoas, incluindo o líder do esquema de corrupção. Com o avanço do processo, os envolvidos foram soltos mediante medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica.
Dois dos réus conseguiram acordo de delação premiada, resultando na suspensão temporária das acusações. Entretanto, outros investigados seguem sob monitoramento, incluindo um dos principais operadores do esquema, responsável por intermediar pagamentos de propina.
Recentemente, um dos empresários implicados obteve autorização judicial para a retirada da tornozeleira, enquanto outros ainda aguardam decisões semelhantes.
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